Num mundo tão ávido de amor, não admira que homens e mulheres fiquem cegados pelo
glamour e pelo brilho de seus prórpios egos refletidos. Não admira que o tiro de revólver seja a última intimação. Não admira que as rodas ferozes do metrô, embora reduzam o corpo a pedaços, não consigam precipitar o elixir do amor. No prisma egocêntrico, a vítima indefesa é emparedada pela própria luz que ela refrata. O ego morre em sua própria gaiola de vidro...
MILLER, Henry. Sexus. Tradução de Sergio Flaksman. São Paulo: Companhia das Letas, 2004. p. 265
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