Nenhum artista pode aproveitar sua vida fugindo da sua tarefa [...] A arte não é um número solo; é uma sinfonia no escuro, com milhões de participantes e milhões de ouvintes [...] na verdade é quase totalmente impossível deixar de dar expressão a uma grande idéia. Somos apenas instrumentos de um poder maior. Somos autores licenciados [...] Ninguém cria sozinho, por si e para si mesmo. O artista é um instrumento que registra algo que já existia, uma coisa que pertence ao mundo todo e que, se ele for mesmo um artista, irá sentir-se compelido a devolver ao mundo.
MILLER, Henry. Sexus. Tradução de Sergio Flaksman. São Paulo: Companhia das Letas, 2004. p. 160
Nenhum comentário:
Postar um comentário