quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Somente em sonho

As pessoas mais amadas,
Que pensei que fossem nada,
Em minh'alma são cicatrizes,
Que levo comigo, triste. 
Oh alma cheia de marcas,
São tantas cicatrizes exatas,
Forjadas no peito por um
Coração que não amou direito. 
Em sonho, fui perdoado,
Em sonho, fui amado.
Somente em sonho.
 
Para Karin
 
 
 
 
 

Meu coração ainda bate

Hoje sonhei com você.
Pedi desculpas, em sonho.
Deitei no teu colo.
Conversamos como velhos amigos.
Falamos sobre banalidades.
 
Quando acordei, percebi
Que nunca deixei de amar
Seu jeito de ser e seus olhos azuis,
Sua tristeza e melancolia.
 
Acordei feliz, apaziguado.
Mesmo distante, mesmo sozinho,
Entre papéis no chão.
Dormi doente, acordei são.
 
Meu amor por você transcendeu a matéria,
Pode parecer clichê, mas o amor é um clichê
Que se repete eternamente.
Que só percebo agora, ao escrever.
 
Obrigado meu amor,
Por fazer-me amadurecer,
Mesmo a tão dura pena e saudade,
Acordei feliz, meu coração ainda bate.
 
Para Karin

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Só um poeta

Mas sentir-se como humanidade (e não somente como indivíduo) desperdiçado, como nós vemos desperdiçados pela natureza as flores [...] esse é um sentimento para além de todos os sentimentos. Mas quem é capaz disso? Certamente, só um poeta: e os poetas sabem sempre se consolar. p. 57
 
 
NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano. Tradução de Antônio Carlos Braga. 2. ed. São Paulo: Escala, [198-?]. 356 p. ISBN 85-7556-757-8 (Grandes obras do pensamento universal, 42)

O valor da vida

O valor da vida para o homem comum se baseia unicamente no fato de ele atribuir mais importância a si que ao mundo. A grande falta de imaginação de que sofre o impede de penetrar pelo sentimento nos outros seres e por isso participa tão pouco quanto possível do destino e sofrimento deles. p. 57 
 
 
NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano. Tradução de Antônio Carlos Braga. 2. ed. São Paulo: Escala, [198-?]. 356 p. ISBN 85-7556-757-8

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nossa vocação

Nossa vocação toma conta de nós, mesmo quando não a conhecemos; é o futuro que dita a regra ao nosso hoje. p. 27
 
 
NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano. Tradução de Antônio Carlos Braga. 2. ed. São Paulo: Escala, [198-?]. 356 p. ISBN 85-7556-757-8

Propósito

Uma vez cheguei a refletir sobre as diferentes ocupações a que os homens se entregam nesta vida e fiz a tentativa de selecionar as melhores delas. [...] nada me pareceu melhor do que me manter estritamente em meu propósito [...] empregar todo o tempo da vida para desenvolver minha razão [...] minha alma ficou tão repleta de alegria que todas as outras coisas já nada podiam lhe fazer.
 
Descartes apud Nietzsche

Os Desclassificados

Os Desclassificados tem influência de diversos estilos musicais, literários e artísticos, que promoveu o nascimento de uma banda bem diferente, que mistura espontaneamente rock, samba e funk, com letras carregadas de significação, crítica social e alegria. O conjunto surgiu em 2007 na cidade de Florianópolis/SC e é composto por L. Mazoni (baixo), Fabiano Foresti (bateria), F. Foresti (guitarra e voz) e D. Scopel (guitarra e voz). Em 2011 a banda passa a contar com R. Albuquerque na guitarra solo.

 
 
 
 

domingo, 15 de janeiro de 2012

Katsimbalis de Marússia

E nunca encontrei um indivíduo mais humano do que Katsimbalis. Ao andar ao seu lado pelas ruas de Marússia, tive a sensação de estar pisando sobre a terra de uma forma inteiramente nova. A terra tornou-se mais íntima, mais viva, mais promissora. Ele falava muito do passado [...] mas nunca como de algo morto e esquecido, mas, antes, como de algo que trazemos em nós, algo que frutifica no presente e torna o futuro convidativo. Falava com igual reverência das coisas grandes e pequenas; nunca estava tão ocupado que não pudesse parar para pensar em alguma coisa que o atraísse; tinha um tempo infinito nas mãos, coisa que, por si mesma, já é a marca das grandes almas [...] há homens tão completos, tão ricos, que se dão tão inteiramente que, sempre que você se despede deles, torna-se irrelevante saber se essa despedida é por um dia ou para sempre. Eles não pedem nada de você, a não ser que você partilhe com eles a suprema alegria de viver. Nunca perguntam de que lado do muro você está, porque no mundo em que eles vivem não há muros. Fazem-se invulneráveis por, habitualmente, se exporem a todos os perigos. Seu heroísmo cresce à medida que revelam suas fraquezas. p. 240
MILLER, Henry. O colosso de Marússia. Tradução de Cora Rónai. Porto Alegre: L&PM, 2003. 254 p.

Um dia seremos deuses

A impressão mais profunda que a Grécia deixou em mim foi a de ser um país numa dimensão humana. [...] A Grécia é o lar dos deuses; eles podem ter morrido, mas a sua presença ainda se faz sentir. [...] tinham proporções humanas: foram criados pelo espírito do homem. [...] no mundo ocidental este vínculo entre o homem e a divindade foi rompido, o ceticismo e a paralisia que esta ruptura provocou na natureza humana são a chave para a destruição inevitável da nossa civilização. Se os homens deixam de acreditar que um dia serão deuses, transformam-se, certamente, em vermes. [...] Nenhuma nação pode gerar um novo meio de vida sem uma visão universal. [...] já aprendemos que todos os povos da terra estão interligados, mas ainda não conseguimos utilizar esta descoberta de forma inteligente. Vimos duas guerras mundiais e, sem dúvida, veremos uma terceira, talvez uma quarta, possivelmente outras mais. [...] O mundo deve se tornar, novamente, pequeno, como era o antigo mundo grego: suficiente pequeno para conter todo o mundo.
MILLER, Henry. O colosso de Marússia. Tradução de Cora Rónai. Porto Alegre: L&PM, 2003. 254 p.

Viver criativamente

Descobri que viver criativamente significa viver cada vez menos egoisticamente, viver cada vez mais no mundo, identificando-se com ele e tentando influenciá-lo. Tenho a impressão, agora, de que a arte, como a religião, é só uma preparação, uma iniciação a um meio de vida. O objetivo é a liberação, a liberdade, o que quer dizer assumir liberdades cada vez maiores. Escrever, além do ponto de auto-realização, me parece vão e inútil. O domínio de qualquer forma de expressão artística deve conduzir, inevitavelmente, à expressão final - o domínio da vida. Neste campo, cada um está absolutamente só, enfrentando os próprios elementos da criação. [...] Se é bem sucedida, o mundo inteiro se modifica. [...] Dar e receber são, no fundo, uma coisa só. [...] Vivendo abertos, tornamo-nos transmissores; e assim, como um rio, experimentamos a sensação de viver ao máximo, correndo numa linha paralela à correnteza da vida, morrendo apenas para renascer como oceanos. p. 208-209.
MILLER, Henry. O colosso de Marússia. Tradução de Cora Rónai. Porto Alegre: L&PM, 2003. 254 p.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ficha 7

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbZ43byxe5Wr3mAqce_KwatmAUqpiSdl4T_B8BF5jOtunj5QinrlnpxviKvgWE4VElSJ-ZSwjic5V5fbEOhVCX_4G-_TAftZn9eibo2WqjvT3g0LuxMDOexQUQUYZYQU_XoiB8sG5m2GKN/s1600-h/hq-mono-6_.jpg

Criatura ingrata

http://vidaeobrademimmesmo.blogspot.com/

Corpo em chamas - Ave Sangria

Quando eu botar fogo na roupa
Você vai se arrepender
De tudo o que me fez
Voce vai ver meu corpo em chamas
Pelas ruas... Ho, yeah

E o povo todo horrorizado
Iluminado pelo meu fulgor mortal
Eu vou dançar
Girando o corpo incendiado
Até cair no chão

yeh yehyeh yehyeh yeh

O grito agudo da sirene
Dos bombeiros
Alertando a multidão
Alguém falando que era um louco
No céu negro, a lua cheia a brilhar

Segure a mão de uma criança
Amão gelada
E a mãe gitando: "Não e não!"
E eu tão feliz
Guirando colorido
Sob as chamas do luar

yeh yeh yeh yehyeh yeh

Quando eu gritar não se arrepie
Lembre apenas
Das contrárias que me fez
Saia correndo e mergulha
Assim vesticda
Lá no mar... ho, yeah

Mas não vai ter mar que me salve
Da alegria deste salto
Em fogo e luz
Olhe pra mim
Essa é a peça de teatro
Mais bonita que eu já fiz

yeh yeh yeh yeh yeh yeh

Depois a noite há de descer gelada
Sobre os corações
De quem souber
E alguém dirá que foi
O primeiro a ver... oh, yeah

A presença selvagem
De um clarão vermelho
Rodopiando pelo chão
Esse sou eu
Dorido, dolorido
Colorido e sem razão
Ou não...
 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Toca baixo desgraçado!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012