quinta-feira, 20 de junho de 2013

Encontro

Galera, fui no banheiro dar uma cagada e o diabo apareceu pra mim, me perguntou se estaríamos dispostos a vender a alma pra ele em troca de sucesso pra banda, ele prometeu que nos faria astros do rock'n'roll, falei pra ele que iria conversar com vocês e depois mandaria um email pra ele pra negociar o caso, o que vocês acham da proposta? Sei que tá todo mundo muito ocupado com faculdade, trabalho e etc...mas de repente acho que a gente pode dar uma pensada na situação.

Caso vocês tenham alguma dúvida sobre as cláusula do contrato podem entrar em contato direto com o coisa-ruim segue o mail do cara diabo@inferno.org, ele me disse que olha a caixa toda a hora e que recebe as mensagens no I-phone, por isso está sempre atento.

Convidei ele pra assistir o nosso show hoje, e ele me disse que talvez dê uma passada lá hoje, mas não deu certeza por que está numa correria infernal de final de ano, mas me disse que a qualidade do som pouco importa pra ele, e sim a atitude.

Depois disso deu uma risada diabólica, e sumiu numa nuvem de fumaça de enxofre, pior que todo mundo ficou me olhando depois que eu saí do banheiro, pensando que eu peidava fumaça....foda.

Bom, era isso, tá dado o recado.

Até de noite!!
 
l. manzoni

Relembrando: a gênese da banda

O texto apresentado abaixo foi, ipsis litteris, transcrito dos relatos de F. Foresti. Embora inverossímil, a experiência aqui descrita é considerada por ele como um fato.

No outono de 2006 o bibliotecário F. Foresti empreendia uma caminhada solitária pela praia do Moçambique, leste da ilha de Santa Catarina, ao crepúsculo, no romper da noite. Carregava consigo uma mochila e seu violão. A lua se fazia cheia e uma tênue neblina formava-se pelo mar. A praia, tipicamente deserta nesta época do ano, desaparecia no horizonte fazendo-se infinita. Ouviam-se tão só os sons da natureza. Moçambique era toda dele como o primeiro descobridor. Já não se via mais o sol no horizonte quando surgiu no céu límpido uma luz muito brilhante que se deslocava em sua direção. Cada vez mais intensa na medida em que se aproximava, a luz cegava e desnorteava Fabrício. Quando num átimo a luz voejante se encontrou com ele a intensidade do choque deixou-o inconsciente e daí por diante de nada Fabrício se recorda até o momento em que despertou, ainda nauseabundo, em uma espécie de laboratório muito diferente de tudo o que ele já havia visto, mesmo em filmes de ficção científica. Neste momento, encontrava-se ele deitado nu e completamente imóvel, embora não estivesse preso. Não podia de forma alguma se movimentar e tudo o que era capaz de realizar por vontade própria era o movimento dos olhos e o vagar dos seus pensamentos. Ali Fabrício presenciou uma série de testes muito estranhos aos quais ele foi submetido por quatro seres, um deles na forma de lagarto. Os seres pareciam se comunicar pelo pensamento e quando queriam se comunicar com ele transmitiam a mensagem telepaticamente de forma que Fabrício compreendia perfeitamente o que eles "diziam" como que transmitida em português, embora não a fosse. Os testes eram operados somente com a força de seu pensamento. Assim, estranhas imagens surgiam no ar como projeção de uma realidade virtual sobre seus olhos e a ele era imposta a condição de escolha ou negação, desejo ou repulsa, dor ou prazer. Ao fim do teste, depois de um tempo que ele descreve como sendo várias horas, e que na verdade ele veio a notar que no tempo cronológico da Terra foram apenas alguns minutos, Fabrício foi deslocado para outro ambiente após enviarem uma mensagem telepática para ele em que diziam de forma clara e seca: "Você foi desclassificado." Nesta outra sala Fabrício se encontrava na presença de um destes seres que trazia com ele sua mochila e seu violão. Enquanto Fabrício permanecia imóvel a observar seus movimentos o estranho ser manuseava com tatear de curiosidade o instrumento musical. Após alguns segundos já o fazia de forma bastante habilidosa como se houvesse praticado durante anos luz. E então, ali mesmo, por meio de uma conexão telepática, Fabrício e o ser que se identificou como Iliúcha, compuseram diversas músicas juntos. O ser parecia livre de sua seriedade e secura habitual parecendo contagiado pela música. Após um chamado enérgico vindo de algum lugar externo a sala, o ser abandonou repentinamente o instrumento prometendo, porém, comunicar-se com ele novamente para dar continuidade as composições. Novamente, Fabrício entrou em estado de inconsciência e quando despertou estava no mesmo ponto em que foi abduzido momentos antes, na praia do Moçambique. Atordoado, retornou para a sua casa sem saber ao certo o que havia se passado e com uma série de músicas na cabeça. A partir daí, após algum tempo, Fabrício convidou seu irmão Fabiano que então tocava bateria e o amigo Leonardo, baixista, para formarem uma banda capaz de executar essas músicas e outras que até hoje ele compõe telepaticamente com aquele estranho ser.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A maconha e a música

Quem nasceu primeiro: a Purple Haze para cantar ou a Purple Haze para fumar? Embora não tenha sido feita para a erva, a música de Jimi Hendrix é um dos maiores odes à maconha, dando nome até a uma de suas variantes -- ou o contrário.

À parte a ordem questionável, a biografia 'Jimi Hendrix: Electric Gypsy' confirma a história da origem da canção. O livro também atesta que o cafuzo deus da guitarra era um costumeiro usuário de entorpecentes.

O quanto o uso de drogas influenciou sua obra, ao contrário, não pode ser medido. No caso da mais célebre delas, a maconha, pouco se sabe a respeito de seus efeitos na criatividade do artista e do ser humano.

"A maconha é uma mistura enorme de substâncias. Umas são conhecias, outras não. A gente não tem uma noção de toda sua abrangência", diz Dartiu Xavier, psiquiatra e professor doutor da Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP).

Para o médico, poucos estudos ratificam a influência da cannabis no processo de criação do cérebro. "A pessoa pode se sentir mais livre, menos ansiosa, mas não há alteração na sua criatividade", diz ele.

João Menezes, doutor em neurobiologia e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai além quanto ao consumo da planta. "Você sincroniza coisas que normalmente você não sincronizaria. Isso dá um efeito pro artista que é o de criatividade, novas ideias. É a base daquele 'ih, viajou!'".

O especialista aprofunda mais sua análise. "Pra música isso é muito rico, dependendo do treinamento do músico. Pessoas que trabalham nessa área relatam que aumenta a criativade. Eu brinco que dá tempo pra você escutar os pensamentos", argumenta ele.

Mais ou menos criativo, o cérebro humano tem uma resposta padrão à maconha fruto de anos de evolução. Trata-se de um processo iniciado na ingestão dos princípios ativos da planta, especialmente o THC e o CBD.

Os compostos são neurotransmissores. Eles funcionam como pontes que enviam informações entre as células nervosas -- os neurônios. Contato feito, atividade celular alterada, efeitos da maconha alcançados.

A ligação entre substâncias e células só é possível por conta dos receptores endocanabinóides. A maconha seria indiferente ao cérebro humano caso eles não existissem. Tais como adaptadores USB, são eles que fecham o circuito na troca de dados (ou efeitos) entre planta e homem.

Eles não são poucos. Menezes elenca alguns além das conexões incomuns de ideias. "Mudança da passagem do tempo, aumento dos estímulos sensoriais, aumento do foco da atenção e distúrbio na memória de curta duração", diz o pesquisador.

A conta, entretanto, não é exata. "Tem umas espécies da planta que aumentam sua coordenação e sua vontade de fazer as coisas; dão muito mais fome. Tem outras que acalmam, te entorpecem, te põem pra dormir", afirma o especialista.

Não só por conta do tipo, as influências da maconha existem em função de fatores que vão do biotipo de quem a consome à forma de ingestão, passando pela quantidade e duração de absorção, afirma Menezes.

Da mesma maneira resultam os problemas do seu consumo. "A maioria dos efeitos negativos tem a ver com o uso muito precóce, numa fase em que o cérebro esta em desenvolvimento. A maconha é uma droga relativamente segura no adulto", diz o psiquiatra Dartiu Xavier.

O médico concorda com Menezes que os estudos sobre a cannabis ainda são novos dentro da comunidade científica. "Se eu soubesse como a maconha funciona no cérebro com perfeição eu estaria rico e famoso", brinca o professor da UFRJ.

Os fatos conhecidos até então permitem dizer que o consumo de maconha altera os processos criativos. Contudo, se não há garantia de se tornar o estereótipo letárgico propagado pela crença popular, tampouco haverá um novo Jimi Hendrix por causa da erva.


http://mtv.uol.com.br/musica/a-maconha-afeta-o-poder-de-criacao-musical?utm_source=redesabril_mtv&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_mtv1

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Os desclassificados - o filme

qqr semelhança com esta banda é mera coincidência

sexta-feira, 7 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O mundo dentro de si

E um dia, ao percebermos que suas ocupações são mesquinhas, que suas profissões são enrijecidas e não estão mais ligadas à vida, por que não olhar para eles como uma criança observa algo de estranho, a partir da profundeza do próprio mundo, da amplitude da própria solidão, que é ela mesma um trabalho, um cargo e uma profissão? Por que se desejaria trocar o sábio não-entendimento de uma criança pela atitude defensiva e pelo desprezo, uma vez que o não-entendimento é estar sozinho, mas a atitude defensiva e o desprezo são participações naquilo de que, com esses recursos, as pessoas querem se afastar? Pense, meu caro, no mundo que o senhor leva dentro de si, então dê a esse pensamento o nome que quiser [...] apenas preste atenção no que surge a partir de dentro e eleve-o acima de tudo o que [...] percebe em torno. Se um acontecimento mais íntimo é digno de todo o seu amor, é nesse pensamento que [...] deve trabalhar de algum modo, sem perder muito tempo nem muito esforço para esclarecer sua posição em relação aos outros homens. Quem é que lhe diz que [...] tem uma posição?
RILKE, Rainer Maria. Cartas a um jovem poeta. Tradução de Pedro Sussekind. Porto Alegre: L&PM, 2009. 96 p. ISBN 978852541566-0

Uma obra de arte é...

RILKE, Rainer Maria. Cartas a um jovem poeta. Tradução de Pedro Sussekind. Porto Alegre: L&PM, 2009. 96 p. ISBN 978852541566-0



Uma obra de arte é boa quando surge de uma necessidade. É no modo como ela se origina que se encontra seu valor, não há nenhum outro critério.

Obras e arte são de uma solidão infinita, e nada pode passar tão longe de alcançá-las quanto a crítica. Apenas o amor pode compreendê-las, conservá-las e ser justo em relação a elas.

Ser artista significa: não calcular nem contar; amadurecer como uma árvore que não apressa a sua seiva e permanece confiante durante as tempestades de primavera, sem o temor de que o verão não possa vir depois. Ele vem apesar de tudo. Mas só chega para os pacientes, para os que estão ali como se a eternidade se encontrasse diante deles, com toda a amplidão e serenidade, sem preocupação alguma.

O pensamento criador

RILKE, Rainer Maria. Cartas a um jovem poeta. Tradução de Pedro Sussekind. Porto Alegre: L&PM, 2009. 96 p. ISBN 978852541566-0


A ideia de ser um criador, de gerar, de formar,  não é nada sem a sua contínua e grandiosa confirmação e realização no mundo, nada sem o consenso mil vezes repetido por parte das coisas e dos animais. E só por isso o seu gozo é tão indescritivelmente belo e rico, porque é feito das recordações herdadas da geração e da gestação de milhões de seres. Em um pensamento criador revivem milhares de noites de amor esquecidas que o preenchem com altivez e elevação. Assim, aqueles que se juntam durante as noites e se entrelaçam em uma volúpia agitada fazem um trabalho sério, reúnem doçuras, profundidade e força para a canção de algum poeta vindouro que surgirá para expressar deleites indizíveis. Eles convocam o futuro; mesmo que errem e se abracem cegamente, o futuro virá apesar de tudo, um novo homem se elevará, e a partir do acaso que parece se realizar aqui desponta a lei pela qual um germe forte e resistente se lança em direção ao óvulo, que vem receptivo ao seu encontro. Não se deixe enganar pelo que é superficial; nas profundezas tudo se torna lei. Os que vivem mal e de modo falso o segredo (e são muitos) o perdem só para si mesmos, e no entanto o transmitem como uma carta fechada, sem saber.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Posso entrar?