quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O Bêbado

Arrepender-se depois somente de tão desmedido consumo.
Rir-se mais do precedente arrebatamento de um vulto
Que na afluência dos sentires do mundo esteve assim tão contente.

Eis do beber o esperado: lançar-se aos braços de Dioniso
E de todos haver ganhado ao menos um curto sorriso.
Deliberadamente o riso. Rir, rir tanto de si mesmo!

E bêbado de tanto sentir por sentir tanto de bêbado
Transbordar-se inteiro de si e espalhar-se todo no meio.
Chamas Arte o transbordar de vida? O bêbado chame-o artista.

 

(fabiano foresti)
http://palavrascomcheiro.com/poesias/o-bebado.php

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