quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Poesia do ímpeto e do giro...

Poesia do ímpeto e do giro,
Da vertigem e da explosão,
Poesia dinâmica, sensacionista, silvando
Pela minha imaginação fora em torrentes de fogo,
Em grandes rios de chama, em grandes vulcões de lume.
 
 
 
PESSOA, Fernando. Poesia. Álvaro de Campos. Edição Teresa Rita Lopes. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 213

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sejam felizes

Sejam felizes por todos àqueles que são tristes.
Sejam felizes por todos àqueles... que ninguém diz.
 
Sejam felizes por todos àqueles que morreram.
Sejam felizes por todos àqueles... que não vieram a existir.
 
Sejam felizes... por mim.
 
 
fabricio foresti

sábado, 17 de setembro de 2011

Alma feia

Hoje acaba a relação que eu nunca quis,
A relação em que só fui enganadado, traído,
Em que acreditei e vi perder todo o sentido,
Àquela relação em que só fui infeliz.
 
Eu pedi, eu implorei, eu fui bem claro:
Afaste-se de mim, meu coração é muito delicado.
Como deve ser bom manipular os outros,
Como deve ser bom jamais ser contrariado.
 
A vingança é um prato que se come frio,
Como escreveu Nietzsche: a mulher é vingativa,
Eu, porém, sou mais sutil.
 
Agora, aqui, fica a mensagem, quem tiver olhos que leia:
Nunca mais me procure, pessoa infeliz, cega, insensível,
A partir de hoje meu coração está protegido da sua alma feia.
 
 
fabricio foresti
 
 
 

Chega de escrever

Ouvindo música em meio ao redemoinho,
Quero escrever uma poesia para ficar bem.
Preciso comunicar-me comigo mesmo devagarinho,
Ouvir todas as mensagens que a minh'alma tem.
Ela quer mostrar-me, oferecer,
Todas as possibilidades anímicas que existem,
E meus olhos cegos insistem em não ver,
Só para sentir como as almas mentem.
Diz-me que a vida pode ser outra, impensável aventura,
Que conheceria sensações diferentes, de entorpecer,
Pensamentos enlevados surgiriam por ventura...
Retiro o fone de ouvido devagar e sem perceber,
Afasto-me do objeto que me ausculta: chega de ouvir música,
Chega de ouvir a minh'alma, chega de escrever.
 
fabricio foresti

Aqui ninguém sonha

Eu preciso olhar para dentro,
Procuro sinal de coisa qualquer,
Meu coração sabe como eu tento
Incansavelmente olhar para dentro.
 
Gostaria de encontrar um amigo,
Mesmo de passagem, derradeiro,
Para ajudar-me a ter esquecimento
Quando eu conseguir olhar para dentro.

Penso que talvez possa encontrar
Uma coisa qualquer em lugar insólito
Que ajude-me a fugir deste lugar.

Aqui, do lado de fora, sozinho,
Tudo é triste, grave, aqui ninguém sonha,
Aqui não existe sentimento.

fabricio foresti

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Away está de volta!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A poesia em sonho

Em um dia triste, enquanto durmo,
Escrever uma poesia em meus sonhos,
Não importa o sono: matutino, vespertino ou noturno,
Peço apenas um pouco de movimento, como os moinhos.

Não precisa ter estrutura ou assunto,
Não precisa ter palavras, nem mesmo rima,
Assim, em meu sonho, desejo muito,
Que transforme-se a minha poesia.

Mas, e se de repente, onírica,
A poesia mostrar-se surpeendente...
Cheia de conteúdo, quem sabe lírica...

Deixo na imaginação as minhas palavras, infelizmente,
Pois a poesia que em meus sonhos acabo de redigir,
Só fez-me acordar para este mundo, paulatinamente.


f. foresti
09/09/2011