sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Site com novo design
Rapeize
Seguindo a sugestão do nosso baterista, mudei o site para que os usuários cliquem o menos possível. Reuni as músicas de um mesmo álbum em uma página só, e reuni na capa uma quantidade razoável de informações. Tudo para que nãop percamos tempo clicando, e clicando e clicando. Vamos direto ao ponto, não é veras? Agora é só seguir adiante com esta coisa frenética... meu deux, o qq to fazendo aqui?
f.f.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Tragam-me o esquecimento em travessas!
Tragam-me o esquecimento em travessas!
Quero comer o abandono da vida!
Quero perder o hábito de gritar para dentro.
Arre, já basta!
[…]
Que gargalhadas daria quem pudesse rir!
[…]
Que náusea […] que é a alma consciente!
Que sono bom ser outra pessoa qualquer...
PESSOA, Fernando. Poesia. Álvaro de Campos. Edição Teresa Rita Lopes. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 361
Quero comer o abandono da vida!
Quero perder o hábito de gritar para dentro.
Arre, já basta!
[…]
Que gargalhadas daria quem pudesse rir!
[…]
Que náusea […] que é a alma consciente!
Que sono bom ser outra pessoa qualquer...
PESSOA, Fernando. Poesia. Álvaro de Campos. Edição Teresa Rita Lopes. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 361
Pensar faz mal às emoções
Estou cansado da inteligência.
Pensar faz mal às emoções.
Uma grande reacção aparece.
Chora-se de repente, e todas as tias mortas fazem chá de novo
Na casa antiga da quinta velha.
Pára, meu coração!
[…]
Quem me dera nunca ter sido senão o menino que fui...
[…]
Meu horizonte de quintal e praia!
Meu fim antes do princípio!
PESSOA, Fernando. Poesia. Álvaro de Campos. Edição Teresa Rita Lopes. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 364
Pensar faz mal às emoções.
Uma grande reacção aparece.
Chora-se de repente, e todas as tias mortas fazem chá de novo
Na casa antiga da quinta velha.
Pára, meu coração!
[…]
Quem me dera nunca ter sido senão o menino que fui...
[…]
Meu horizonte de quintal e praia!
Meu fim antes do princípio!
Estou cansado da inteligência.
Se ao menos com ela se percebesse qualquer coisa!
Mas só percebo um cansaço no fundo, como baixam na taça
Aquelas coisas que o vinho tem e amodorram o vinho.
Se ao menos com ela se percebesse qualquer coisa!
Mas só percebo um cansaço no fundo, como baixam na taça
Aquelas coisas que o vinho tem e amodorram o vinho.
PESSOA, Fernando. Poesia. Álvaro de Campos. Edição Teresa Rita Lopes. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 364
O Universo é negro, sobretudo de noite
Sim, é claro.
O Universo é negro, sobretudo de noite.
Mas eu sou como toda a gente,
Não tenha eu dores de dentes [...] e as outras dores passam.
Com as outras dores fazem-se versos.
Com as que doem, grita-se.
[...]
Deixem-me dormir.
PESSOA, Fernando. Poesia. Álvaro de Campos. Edição Teresa Rita Lopes. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 372
A humanidade ama porque ama falar no amor
Não me mace, nem me obrigue a ter pena!
Olhe: tudo é literatura.
Vem-nos tudo de fora, como a chuva.
A maneira? Se nós somos páginas aplicadas de romances?
Olhe: tudo é literatura.
Vem-nos tudo de fora, como a chuva.
A maneira? Se nós somos páginas aplicadas de romances?
Traduções, meu filho.
Você sabe porque está tão triste? É por causa de Platão,
Que você nunca leu.
E um soneto de Petrarca, que você desconhece, sobrou-lhe errado,
E assim é a vida.
Arregace as mangas da camisa civilizada
E cave terras exactas!
Mais vale isso que ter a alma dos outros.
Você sabe porque está tão triste? É por causa de Platão,
Que você nunca leu.
E um soneto de Petrarca, que você desconhece, sobrou-lhe errado,
E assim é a vida.
Arregace as mangas da camisa civilizada
E cave terras exactas!
Mais vale isso que ter a alma dos outros.
A chuva cai por uma lei natural
E a humanidade ama porque ama falar no amor.
E a humanidade ama porque ama falar no amor.
PESSOA, Fernando. Poesia. Álvaro de Campos. Edição Teresa Rita Lopes. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 377
Volta amanhã realidade!
Grandes são os desertos e as almas desertas e grandes -
Desertas porque não passa por elas senão elas mesmas,
Grandes porque de ali se vê tudo, e tudo morreu.
[...]
Não tirei bilhete para a vida,
Errei a porta do sentimento,
Não houve vontade ou ocasião que eu não perdesse.
[...]
Volta amanhã realidade!
Pessoa, Fernando. Poesia. Álvaro de Campos. Edição Teresa Rita Lopes. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 384-385.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Conheci a banda numa apresentação...
Caros,
Conheci a banda numa apresentação feita na UDESC (há poucos dias) e se fosse necessário sintetizar numa frase, eu escreveria: - se a banda Desclassificados não existisse, deveria ser criada.
Gostei da leitura musical (a qual não me arrisco classificar!), das letras inteligentes, críticas (profundidade), abordando com muita sensibilidade questões importantes. O conjunto da obra é original, criativo e crítico - de muito bom gosto!
Busquei na Internet e encontrei o site e baixei todas as músicas disponíveis e ouvi mais vezes.
Finalmente postei no blog, inclusive quero agradecer pela gentileza em disponibilizar os arquivos.
Grande abraço.
Dario.
Conheci a banda numa apresentação feita na UDESC (há poucos dias) e se fosse necessário sintetizar numa frase, eu escreveria: - se a banda Desclassificados não existisse, deveria ser criada.
Gostei da leitura musical (a qual não me arrisco classificar!), das letras inteligentes, críticas (profundidade), abordando com muita sensibilidade questões importantes. O conjunto da obra é original, criativo e crítico - de muito bom gosto!
Busquei na Internet e encontrei o site e baixei todas as músicas disponíveis e ouvi mais vezes.
Finalmente postei no blog, inclusive quero agradecer pela gentileza em disponibilizar os arquivos.
Grande abraço.
Dario.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Música "Brasil Nunca Mais" ganha destaque em blog sobre política
ficamos muito felizes quando vimos o Blog do Dário http://dariodasilva.wordpress.com/ divulgando a música "brasil nunca mais" na capa... trata-se de um blog sobre política, bem estruturado e com bastante conteúdo. :)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Eu Demiti Um Amigo - Frank Jorge
Eu demiti um amigo, oh, meu Deus
Por que isto aconteceu comigo?
Eu era um subordinado
Cumprindo ordens de um desmiolado
Eu demiti um amigo, vejam só
O caso foi exonerado, juro que foi dolorido
E agora me sinto culpado
Por ter demitido um amigo
No fiel cumprimento da função
Ocorreu uma insubordinação
E ninguém pode então testemunhar
Para a barra do sujeito aliviar
O caso já foi concluído
Mas mesmo assim não estou convencido
Os homens acabam se matando
Sem ao menos saber o motivo
E outros demitirão seus amigos
Mesmo sendo muito mais qualificados
Sono dos justos adeus
O que vale é a lei do mercado
Eu demiti um amigo, já perdi a noção
Do que é certo ou errado
Espero um dia então
De sua voz possa ouvir o perdão
Do que é certo ou errado
Espero um dia então
De sua voz possa ouvir o perdão
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